SINDLEITE-RN busca aumentar competitividade e produtividade da indústria de laticínios

O Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Norte (SINDLEITE-RN) deu início, nesta segunda-feira (11), ao projeto “Plano de Avanço para o setor Industrial da Cadeia do Leite no RN”, desenvolvido por meio do Programa de Apoio à Competitividade da Micro e Pequena Empresa Industrial (Procompi). A iniciativa tem como objetivo propor um plano por meio de intervenções diagnósticas, de modo a atender os requisitos legais e contribuir para o crescimento sustentável e competitivo das empresas participantes.

Ao longo de uma semana, o consultor Airton Spies irá visitar 16 indústrias potiguares para realizar o trabalho de diagnóstico. O projeto teve início após reunião com o presidente do Sistema FIERN, Roberto Serquiz, que demonstrou apoio e parabenizou a iniciativa.

Serquiz reforçou a importância do projeto e colocou a Federação à disposição para apoiar o setor e suas necessidades durante o processo de diagnóstico. Ele reforçou o papel da instituição em dialogar com entes públicos em prol da melhoria do ambiente de negócios do estado. “Parabéns pelo trabalho. A federação está pronta para ajudar na interlocução com os órgãos e avançar nessa pauta”, declarou.

O presidente do SINDLEITE-RN, Túlio Veras, afirmou que fatores climáticos e deficiências estruturais reduziram a competitividade e a escala de produção e por isso é necessária uma renovação no setor. “Falta de chuva, ausência de diagnóstico inicial, carência de tecnologia, de equipamentos e de cuidados sanitários fizeram o setor perder força. Agora queremos nos aproximar do que está sendo feito em outras regiões e acompanhar esse processo para não ficarmos para trás”, disse.

O Plano de Avanço será desenvolvido em três etapas: intervenções diagnósticas, via consultoria, para adequação das empresas aos requisitos legais; elaboração do Plano de Avanço Industrial da Cadeia do Leite no RN; e realização de um seminário para apresentação do plano. Ao final do processo, será entregue um documento com as diretrizes e estratégias propostas.

Entre as ações previstas, está o levantamento da situação atual das empresas de laticínios do RN, considerando fornecedores de insumos, máquinas, equipamentos, tecnologias, serviços e conhecimento; a produção no nível de produtor, sistemas produtivos, estrutura, gargalos e perspectivas; e, no nível industrial, volumes processados, tipos de produtos lácteos, mercados, tecnologias, deficiências, logística, organização da produção e fidelização com fornecedores de leite. Também serão identificados os requisitos legais que regulam a cadeia produtiva.

O consultor Airton Spies, da SpiesAgro – empresa especializada em conhecimento e soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio –, destacou durante a reunião o potencial produtivo do Estado. Segundo ele, já existe uma estrutura produtiva formada por indústrias instaladas e produtores, mas há uma defasagem tecnológica que reduz eficiência.

Spies observou que, enquanto a região Sul do país apresenta excedente de produção que permanece no mercado interno, competindo com o leite nordestino; o RN precisa modernizar a cadeia produtiva, aumentar a produtividade, qualidade e escala, além de reduzir custos de produção.

“A primeira grande vantagem de produzir mais aqui é abastecer esse mercado, porque vocês estão mais perto do consumidor do que o leite que vem de longe. É urgente que a gente faça uma reestruturação da cadeia produtiva, com modernização, aumento de tecnologia em manejo, alimentação, genética, logística e infraestrutura nas propriedades, para que o setor se alinhe à eficiência de outros estados brasileiros e se torne competitivo e sustentável”, afirmou.

Veja a matéria completa no portal da FIERN: https://www.fiern.org.br/projeto-sindleite-rn-busca-aumentar-competitividade-e-produtividade-da-industria-de-laticinios/